11 de fev. de 2014

Entrevista com consumidoras de 04 a 62 anos

A psicologia do consumo busca identificar quais são os padrões de comportamento de cada grupo de consumidores e entender o que as motiva a preferir este ou aquele produto, quais aspectos conscientes e/ou inconscientes interferem no momento da compra.



Em estudo de caso realizado, num universo de oito consumidoras de esmalte do sexo feminino, entre 04 e 62 anos, pode-se constatar que, independente de personalidade, preferências por cor, ou disposição, todas, sem exceção, pintam as unhas, pelo menos uma vez por mês ou para eventos e ocasiões especiais. Outro ponto em comum é a sensação de “arrumada” que as entrevistadas compartilham quando pintam as unhas, se sentindo mais bonitas, asseadas e femininas.

Já em relação às cores dos esmaltes e às Nail Arts, há opiniões divergentes. A maioria das moças relatou uma preferência, por tons clássicos, claros, pastéis, além de não fazerem artes nas unhas. Os motivos variam: praticidade, melhor contraste com a cor da cútis e cabelo, formalidades da profissão, “cores escuras me dão a impressão de aumentar o tamanho do meu pé”, afirma Fábia Maria Pimentel, de 47 anos.



Amanda Barreto, com apenas quatro anos, por influência dos programas televisivos e procurando se sentir parte do universo adulto, relata que, mesmo não tendo idade para fazer as unhas por completo, já as colore todos os dias com cores vivas, principalmente o rosa, por remeter à boneca Barbie, além de abusar dos adesivos e desenhos. Ela, assim como Bianca Burlacchini, de 14 anos, admite pintar as unhas com cores intensas, como o preto, por exemplo, para se sentirem mais maduras. Já Edelzuita Santos, de 34 anos, que também descarta as cores claras, conta:


Eu comecei a usar esmalte por causa da mania que eu tinha de roer unha. Deu certo, então continuei. Além disso,eu gosto da sensação de estar com as mãos bonitas. Gosto dos tons escuros como o vinho, café, preto e sou apaixonada pelo acabamento final que o esmalte Rebú dá ao café e ao vermelho. Eu gosto de fazer arte nas unhas. Acho que fica mais charmosa quando a unha tem um detalhe a mais. Minha estima aumenta.


Ao serem questionadas sobre como se sentem quando fazem o uso de esmaltes e se há algum ganho emocional nisto, a maior parte das entrevistadas concordou que, ao pintarem as unhas, aumentam a sua auto-estima e se sentem bem consigo mesmas, já que a “aparência exterior interfere na maneira como nos vemos interiormente”, conta Bianca. Já Amanda Valois (26) e Isabelle Filgueiras (27) possuem outro pensamento; admitem não sentir nenhuma diferença emocional quando usam esmaltes. No caso de Erica Lis e Gledsneli Lins (62), há ainda a questão de se apresentarem elegantes, sem desleixos, para o universo feminino, onde a vaidade está à flor da pele e é vista com extrema importância hoje em dia, o que, para elas, destacam, muitas vezes é algo negativo.



Outro fator interessante que surgiu sobre o último questionamento foi o esmalte na relação com o parceiro. Enquanto Isabelle relata que tem preferência por esmaltes que realcem a aliança de casada, Edelzuita diz gostar quando seu namorado percebe que ela fez as unhas e a elogia por isso.


No quesito compra de esmaltes, há uma tendência a consumir mais do que vai se usar. Amanda Valois e Fábia Maria confirmam, respectivamente: “Eu compro com mais frequência do que pinto! Vejo um que gosto e compro, mas depois fico com preguiça de pintar”, “Costumo comprar esmaltes quando acho bonita a cor, mas fica em casa quase perdido.Sempre acho que por não ir ao salão, devo ter em casa para emergências”. Em contrapartida, Erica Lis Costa, de 20 anos e Isabelle Filgueiras costumam pegar emprestados esmaltes de familiares ao invés de comprar.

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